terça-feira, 29 de março de 2011

Quantas magoas um coração pode aguentar?

ma.go.ar 1. provocar um sentimento penoso e de irritação 2. colocar em estado de contrariedade não quero mas uma verdade inventada, quero uma verdade absoluta, mais será que isso é possível?


*agente geralmente naum tem o que agente da! kkkkkkkkkkkkk

Conto de fadas?


Divã CA com a Maristelaq


E ai a Bela Adormecida subiu no cavalo branco do Príncipe e foram embora felizes. Chegando ao castelo ela já odiou as cores das cortinas e reclamou a rainha que como boa (?) sogra odiou a nora. Depois ela achou um absurdo o príncipe ir cavalgar só com amigos e deixá-la, contando pedrinhas do jardim! E pior: a máquina de lavar roupas quebrou......... Cadê os felizes para sempre?!?!!!!!!!!! Crescemos com essa frase na cabeça, e quando o casamento começa a apresentar “defeitinhos”, como uma máquina de lavar louças barulhenta, fazemos essa pergunta mentalmente: - cadê o homem com quem me casei? Aquele ser charmoso, cheiroso, educado, inteligente, carinhoso.............. Ta ali, do lado. Cueca furada, barriguinha, carequinha, um pum........mas ele esta ali! Não amiga... Não disfarce. É ELE mesmo. Não trocaram no supermercado. Sinto informar....... Ele é seu! E acreditando no “Felizes para Sempre”, nos casamos (ou juntamos...dá no mesmo). Não casamos para estar juntinho, compartilhar, ter filhos, plantar uma arvore, empurrar o carro quando quebra, batalhar pelo apartamento, lavar o cachorro no domingo à tarde, trocar fraldas fedorentas....ou seja, viver aquela confusão gostosa que se chama FAMILIA! Casamos para sermos felizes para sempre! Como se tudo que passamos antes, nosso passado, nunca mais fosse acontecer.....que tristeza nunca existiria, solidão palavra abolida.........Os dragões e bruxas ficam do lado de fora do fosso do palácio e nós, La dentro, segurissimas! Não abrimos os olhos e acordamos maquiadas e penteadas como a mocinha da novela e nem com os dentes brilhando como do filme romântico. Sua vida de casada não é um comercial de margarina e ao chegar ao castelo, VOCE era que caçar o lobo junto com o príncipe. A tal felicidade esta ai: na sua cara! Ela esta atrás da porta arranhada, dos livros rabiscados e empoeirados, da geladeira que faz um barulho estranho, no meio dos gritos com os filhos, naquela discussão que engolimos a seco com a sogra, na caneta que saímos à procura e encontramos no meio das coisas do marido. Esta é a vida e o castelo. Nada de grandes recepções, baladas, festas, carnavais.....roupas brilhantes em corpinhos perfeitos, sem celulites, sem estrias. Mas isso não é castelo, a louca da Maristela mentiu então?Não....você imaginou coisas onde nunca existiram. E o príncipe? Não tem jatinho, não é louro de olhos azuis e corpo atlético, jatinho particular, jóias todos os dias ao café da manhã, não te olha com aquele jeito esnobe de quem sabe muito pois lê e viaja muito. O MEU príncipe briga comigo: eu o xingo de insuportável ele me xinga de louca. Fazemos amor, ele diz que não há mulher como eu e digo o mesmo a ele. Com meu príncipe negocio o cartão de credito: quem vai pagar este mês? Com meu príncipe choro quando brigo com minha mãe. Com meu príncipe troco abraço quando preciso de um carinho. Com ele crio meus filhos de modo louco neste mundo insano. Com meu príncipe eu vivo a minha vida. Com o seu príncipe, o apartamentozinho vira castelo e o velho carrinho um lindo cavalo branco. É seu mundo amiga, onde vocês conversam de tudo, surge uma idéia aqui, uma fofoca de um amigo em comum, uma cena de um filme comentado. Às vezes, ocorre um silencio que dura semanas, cada qual dentro de si. Mas é seu mundo.....você pode vive-lo ou fugir. Mas fugir é confirmar a nossa incompetência? Ou apenas confirmar que sim, o casamento é uma instituição falida, como diz os especialistas? Mas...se há tantos casamentos desfeitos, é sinal de que ainda acreditamos no casamento. Não deu certo o primeiro? Tentamos o segundo, terceiro........Porque temos o desejo de que haja o que houver, TEM que haver o tal final feliz. O ser humano TEM que casar. Seja por questões religiosas, sócio-espirituais, socioeconômicas, sócio-afetivas, etc. Socialmente, ao casarmos teremos um lar e conseqüentemente despesas e filhos com mais despesas. Mas teremos estabilidade e responsabilidades perante a tal sociedade. As despesas nos obrigam a trabalhar e assim a geração de moeda corrente (dinheiro). Ou seja, a sociedade estimula o casamento, de forma discreta e em tom baixo, quase sussurrando. Há a divisão de tarefas que agrada os homens: separados tem pias cheias de louças: os casados têm quem lave, mesmo que ele tenha que levar o cachorro pra passear ou por o lixo para fora. Algumas tarefas chatas, nós mulheres fazemos. Matar uma barata para eles é pouco perto da secretissima arte de lavar, passar, cozinhar e falar ao telefone ao mesmo tempo em que só nós mulheres sabemos fazer. E falar! Meu Deus, como falamos! Meu marido não precisa matar as baratas assim como eu não preciso ir à feira. Mas saber que há alguém que mate a bendita e que há alguém que vá a feira e brigue pelo preço das frutas, é reconfortante. É seguro....entende? Dividir isso ajuda sim, mesmo que você ache que ele podia fazer muito mais. Porque a vida é esmagadora no seu cotidiano. Ter amor, carinho e sexo quando e quanto puder, também nos conforta. Mas e quando nós nos escondemos no banheiro rezando para que o companheiro durma e possamos dormir em “paz”? Será que neste momento não estamos “matando” o amor? Porque não culpe a fase ruim do casamento pela sogra, filho ou falta de sexo. Culpe pela falta de espírito! Sim, espírito! A ausência dele, de colocar uma calcinha mais insinuante, um perfume, ler um conto erótico, essa ausência mata o amor. Colocar no ouro a expectativa de que só ele tem a chave para o amor dar certo é cruel com ele e com você. Pense bem: você deseja que seu companheiro seja igual a você para que tenham os mesmos gostos para poder se identificar e ao mesmo tempo, você quer que ele seja autentico, único para completar o que falta em sua existência. Difícil entender? Imagine para eles. Ai que esta o problema? Pode ser. Quando se casa, devíamos todos estar cientes da vida e de tudo que ela nos oferece de bom ou ruim. Mas muitas de nós casamos sem saber nada do que vai lá fora. Ter vivido antes, momentos de solidão, de encontro consigo mesma e assim não armar um circo porque ele atrasou meia hora. Não sou especialista em casamentos ou seres humanos. Mas meto a minha mão na cumbuca porque para minha pessoa é inconcebível duas pessoas que se gostam e moram juntas não conseguirem ser felizes e criar seus filhos! Onde está então o erro? Está em pintar o príncipe mais bonito do que ele é e depois sair dizendo: Ele não era assim quando me casei. Em ver um castelo onde há um puxadinho e quando abrir os olhos, ficar irritada porque ELE não lhe deu o que você merece. Errado esta em casar com um homem que tem uma família (pai, mãe, irmãos) e achar que ele será só seu e nunca irá ter que dividi-lo com a sogra. Erramos quando esperamos mais do que eles podem nos dar. E agora? Jogamos fora o casamento? Não!!!!! Respire fundo, limpe o puxadinho, varra a sujeira, bote cortininhas xadrez e sente na varanda com seu bem e veja as estrelas. Bote o dragão no quintal, deixe que a bruxa lhe visite, pegue os netinhos no colo e ria. Afinal, tudo se resolve e fica mais fácil quando se tem alguém do lado.





Direto do e-familynet